A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) confirmou o acionamento da bandeira tarifária vermelha patamar I em setembro, após a correção de dados do PMO (Programa Mensal de Operação), que é coordenado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema).
No início do mês, a agência havia informado que a bandeira acionada seria a vermelha patamar II, o que mudou com a revisão.
O retorno da bandeira vermelha patamar I significa um acréscimo de R$4,463 por cada 100 kWh consumidos. O acionamento representa um aumento médio de aproximadamente 8% na conta de luz.
O aumento nas tarifas reflete uma combinação de fatores que impactam diretamente o custo de energia. Desde o final do ano passado, o Brasil passa por uma seca intensa. Para se ter uma ideia, a seca deste ano é a maior já registrada em toda a nossa história, desde que os índices começaram a ser monitorados.
As chuvas, que ajudam a encher os reservatórios das hidrelétricas, contribuindo para gerar energia a um custo mais baixo, não foram suficientes, resultando em uma queda acentuada dos nossos estoques de energia. Além disso, a expectativa de fluxo futuro nos reservatórios das hidrelétricas do país continua bastante pessimista, com uma previsão de 50% abaixo da média para o período.
Com menos chuva do que o normal e temperaturas mais altas neste inverno, a demanda por energia aumentou e fez com que as termelétricas, com energia mais cara que as hidrelétricas, passassem a operar mais.
Como a previsão é de que a quantidade de chuvas seja abaixo da média histórica até o final do ano, a expectativa é de que continuaremos com o cenário em que as bandeiras tarifárias serão acionadas, impactando não apenas o bolso dos consumidores, como também o possível aumento da inflação.
É importante ressaltar que os consumidores que realizaram o pagamento da conta de luz durante o curto período em que foi sinalizada a bandeira vermelha patamar II receberão a devolução dos valores no segundo ciclo de faturamento, depois que o ajuste for identificado.
Entenda a aplicação das bandeiras tarifárias
Hoje, no mercado cativo, existem três valores adicionais de bandeiras que podem ser acrescidos na conta de energia, sinalizados através das cores amarela (acréscimo de até 3% na conta), vermelha patamar I (acréscimo de até 8% na conta) e vermelha patamar II (acréscimo de até 13% na conta).
Essas bandeiras mostram quando o custo da energia está mais alto e ajudam os consumidores a usar energia de maneira mais consciente em momentos críticos.
Uma medida significativa, tanto para fugir das bandeiras tarifárias quanto para elevar o consumo de energia de fontes limpas, é a abertura do mercado livre de energia para todos os consumidores conectados em média ou alta tensão. Neste ambiente, os consumidores podem comprar energia de fontes renováveis a preços competitivos, sem a incidência das bandeiras tarifárias.
Empresas como a Voltera estão, cada vez mais, ajudando companhias em todo o Brasil a economizar nas contas de energia. Facilitando a portabilidade para o mercado livre de energia, a Voltera oferece soluções que trazem sustentabilidade e previsibilidade para as operações, tudo de forma simples e segura.