Energia elétrica é essencial no dia a dia, seja para manter o conforto do seu lar ou impulsionar as atividades de um comércio. Mas você já parou para pensar q que a forma como as distribuidoras cobram e medem essa energia varia entre esses dois cenários?
As tarifas, demandas e até a infraestrutura envolvida são ajustados para atender às necessidades específicas de cada tipo de consumidor.
Neste texto, vamos esclarecer as principais diferenças entre energia residencial e comercial, ajudando você a entender como essas distinções impactam os custos e a gestão de energia.
Para começar, o que são as classes de consumo?
As classes de consumo são categorias que agrupam os consumidores de energia de acordo com a forma como usam a energia e o tipo de atividade que realizam no local de consumo. Essa divisão é definida pela Resolução Normativa nº 414/2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e ajuda a aplicar tarifas específicas para cada tipo de consumidor, levando em conta suas necessidades e o quanto consomem.
As principais classes tarifárias são:
- residencial
- industrial
- comercial
- rural
- poder público
Cada uma dessas classes tem subclasses, que detalham ainda mais os consumidores com base no uso da energia. Isso garante que cada um pague uma tarifa justa, de acordo com o seu perfil de consumo.
Qual a diferença entre energia residencial e comercial?
Agora que você já sabe o que são as classes de consumo, dá para entender o porquê existe diferença entre energia residencial e comercial. E que ela está, principalmente, no consumo e na forma de medição.
A energia residencial é voltada para o uso doméstico e tem uma demanda mais controlada, com consumo geralmente mais baixo.
Já a energia comercial, é utilizada em empresas e negócios. Eles exigem uma maior quantidade de energia, especialmente em horários de pico, para manter o funcionamento de equipamentos, sistemas de iluminação e climatização.
Além disso, as instalações de energia comercial são mais complexas, pois precisam suportar mais aparelhos e, muitas vezes, sistemas de backup (sistemas com cópias de segurança). Isso leva a uma medição mais detalhada e um custo final mais alto, devido ao maior consumo.
Como as tarifas de energia variam entre residências e comércios?
No mercado cativo, as tarifas para consumidores residenciais e comerciais são determinadas pela ANEEL e podem variar de acordo com a classe de consumo, a região e a distribuidora de energia. As tarifas englobam os custos de geração, distribuição e encargos setoriais, sendo aplicadas de diferentes formas para residências e comércios.
Tarifa de energia residencial
É determinada para consumidores que utilizam baixa tensão e, geralmente, inclui os seguintes tipos de cobrança:
- Tarifa comum (convencional): para a maioria das residências, a tarifa é fixa, ou seja, o consumidor paga o mesmo valor, independentemente do horário do dia. Essa tarifa cobre o custo de geração e distribuição de energia.
- Tarifa branca: essa modalidade oferece tarifas diferenciadas conforme o horário do dia, sendo mais barata durante a noite e nos fins de semana e mais cara nos horários de pico, durante o dia. O objetivo é incentivar o consumo em horários de menor demanda.
- Tarifa social (para consumidores de baixa renda): é aplicada nas contas de luz de famílias registradas no cadastro único (CadÚnico) e que atendem aos critérios de consumo e renda estabelecidos pelo governo.
Tarifa de energia comercial
É aplicada aos consumidores de baixa tensão (pequenos comércios) e média tensão (grandes comércios) que usam mais energia. Existem dois tipos principais:
- Tarifa de transporte e consumo: para comércios de baixa tensão, a cobrança é feita tanto pela quantidade de energia consumida, quanto pela demanda de potência. A tarifa é mais alta por causa de uma maior necessidade de energia e infraestrutura de distribuição.
- Tarifa de demanda de energia, transporte e consumo (para média e alta tensão): para comércios maiores ou indústrias, que consomem maior quantidade de energia, a tarifa tem uma parte fixa, baseada na demanda contratada. Também tem uma parte variável, baseada no consumo e transporte de energia), com cobranças extras se houver pico de demanda.
Então, a energia comercial é mais cara?
As tarifas do segmento comercial tendem a ser menos caras que as tarifas comerciais, contudo, de modo geral, o custo final da conta de luz comercial costuma ser mais cara do que a residencial. Isso acontece porque os comércios usam mais energia para atividades como iluminação, climatização e equipamentos. Além disso, as distribuidoras calculam as tarifas comerciais com base tanto na energia contratada quanto nos picos de consumo. Ou seja, nos momentos de maior uso de energia.
Por isso, é comum que as contas de energia de comércios sejam mais altas, especialmente se não houver estratégias para reduzir o consumo ou evitar os picos de demanda.
A necessidade de uma infraestrutura mais robusta para atender às altas demandas dos comércios, principalmente em áreas urbanas, juntamente com a aplicação de impostos e taxas mais elevadas, são fatores que também encarecem a energia comercial.
Essas regras se aplicam ao mercado livre de energia?
No mercado livre de energia, as regras que diferenciam a energia residencial da comercial, não se aplicam da mesma maneira como ocorre no mercado cativo.
Enquanto no mercado cativo os consumidores pagam tarifas pré-definidas pela ANEEL para serviços de distribuição e geração, de acordo com cada classe de consumo, no mercado livre os têm a liberdade de negociar preços mais competitivos e ajustar as condições conforme suas necessidades.
Embora as residências ainda não possam migrar para o mercado livre de energia, os comércios já podem aproveitar essa oportunidade. Desde de janeiro de 2024, todos os consumidores que pertencem ao Grupo A (alta e média tensão), independentemente da demanda mínima contratada, podem pedir a portabilidade para esse ambiente e negociar suas condições diretamente com as comercializadoras de energia.
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